Parafraseando Nietzsche, “eu só acreditaria em um Deus que soubesse dançar”. Minha formação em balé clássico e moderno não deixou que minha paixão pela dança se restringisse apenas as sapatilhas. O Flamenco sempre me encantou. A força dos pés no tablado, das palmas, embalados por uma melodia muitas vezes melancôlica e um figurino cheio de longas caudas drapeadas. Emoção pura. Mas a vida que pulsa no Flamenco não podia ser diferente, levando em conta que a dança espanhola possui fortes raízes mouras e ciganas.
Em outubro, para a felicidade dos seguidores da dança, a Companhia Antonio Gades chega ao Brasil com seu principal espetáculo, obra prima de seu fundador Antonio Gades, a lindíssima Carmen. A turnê passará por oito cidades brasileiras: São Paulo, Rio, BH, Curitiba, Porto Alegre, Brasília Goiânia e Salvador.
E todo esse aroma espanhol me fez lembrar da obra Round IV (2010), em que a artista plástica Amanda Melo interage com um boi da raça nelore. O figurino faz uma citação às touradas, já que Amanda chegou a ficar um período na Espanha, em 2010. A pernambucana é um dos nomes da próxima edição do Panorama de Arte Brasileira do MAM, que chega a sua 32 edição.
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