Ele vestia uma roupa anos 20, parecia que acabava de sair de um filme.
Quando nos viu pela primeira vez abriu um sorriso desses largos, lindo por sinal, e começou a contar suas histórias.
Artista. 100% mente criativa vindo deste mesmo planeta Terra que eu. Uma grande surpresa para mim, que por culpa de um amor desenfreado estou muitas vezes entre o mundo onírico e irreal desses seres alucinados que inventam tudo e mais um pouco. Mas ele não.
Nos levou a sua casa. A mulher: artista plástica. O filho: músico e a filha: pintora.
A casa me lembrou o desenho japonês O Castelo Animado. Não se trata de uma casa com uma criatividade perfeita. Vai mais além. Se comunica de todas as formas reais que estão entre o imperfeito e o impensado. Este lar faz parte do que se chama arquitetura de Amsterdam, composta de casas antigas com jardim e cerca de 50 quartos, bem descuidados e com um ar de decadência mágica européia. Lindo.
Em dois minutos de conversa já havia sido engolida e hipnotizada por ele. Adoro gente reivindicativa. De pessoas cegas tenho uma preguiça absurda. Pode ser o artista, o rei, o amigo de toda a vida. A coisa mais chata do mundo é gente que finge que não vê o obvio. Mas enfim, como já sabemos, para este tipo de pessoa leviana (que é muito diferente de ser leve) não faltarão companhias para suas sandices.
XXXXXXX
Havia um Urso em Bruxelas. Ele vivia num cercadinho no meio da cidade e todos os moradores lhe queriam e iam visitar-lo com freqüência. Sozinho ali o urso começou a adoecer. As pessoas como uma demonstração de afeto lhe davam todo o tipo de comida com a intenção de mimar-lo. No dia que morreu, a autópsia concluiu que o urso havia sofrido terríveis dores de dentes, de estomago e de cabeça pela quantidade de comida que ativam ali e que lhe faziam um mal gigantesco. Em homenagem ao Urso, decidiram que seria feita uma obra para recordar o amado animal por algum artista conhecido e renomado das redondezas. Chamaram a ele, Michael Huisman, claro. Quem melhor que um artista com uma mente a mil por hora para fazer algo assim tão representativo.
A intenção era fazer uma homenagem ao animal. Muito bem. Então seria uma homenagem a todos os animais, todos que tiveram um fim triste nesse nosso planeta, certo? Pensou.
A cada 20 minutos um animal é extinto na Terra.
Então, Huisman montou um grande cercado com esculturas de todos os animais que se encontram hoje em extinção. Ao lado de cada um deles foi colocado uma explicação sobre o motivo e a maneira pela qual estes animais deixaram de fazer parte do nosso mundo.
O urso? A monumento também tinha que estar ali, mas com alguma diferença.
Foi então que esse artista de lindos olhos azuis resolveu colocar uma escultura de urso feito em bronze sentado num banco de praça, como se fosse um homem em uma posição um pouco cabisbaixo. Além da maneira que estava sentado, suas mãos e antebraços também eram humanos, feitas através de um molde da própria mão do Huisman.
Um homem fantasiado de urso. Ou melhor, um urso fantasiado de homem.
Quando nos viu pela primeira vez abriu um sorriso desses largos, lindo por sinal, e começou a contar suas histórias.
Artista. 100% mente criativa vindo deste mesmo planeta Terra que eu. Uma grande surpresa para mim, que por culpa de um amor desenfreado estou muitas vezes entre o mundo onírico e irreal desses seres alucinados que inventam tudo e mais um pouco. Mas ele não.
Nos levou a sua casa. A mulher: artista plástica. O filho: músico e a filha: pintora.
A casa me lembrou o desenho japonês O Castelo Animado. Não se trata de uma casa com uma criatividade perfeita. Vai mais além. Se comunica de todas as formas reais que estão entre o imperfeito e o impensado. Este lar faz parte do que se chama arquitetura de Amsterdam, composta de casas antigas com jardim e cerca de 50 quartos, bem descuidados e com um ar de decadência mágica européia. Lindo.
Em dois minutos de conversa já havia sido engolida e hipnotizada por ele. Adoro gente reivindicativa. De pessoas cegas tenho uma preguiça absurda. Pode ser o artista, o rei, o amigo de toda a vida. A coisa mais chata do mundo é gente que finge que não vê o obvio. Mas enfim, como já sabemos, para este tipo de pessoa leviana (que é muito diferente de ser leve) não faltarão companhias para suas sandices.
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Havia um Urso em Bruxelas. Ele vivia num cercadinho no meio da cidade e todos os moradores lhe queriam e iam visitar-lo com freqüência. Sozinho ali o urso começou a adoecer. As pessoas como uma demonstração de afeto lhe davam todo o tipo de comida com a intenção de mimar-lo. No dia que morreu, a autópsia concluiu que o urso havia sofrido terríveis dores de dentes, de estomago e de cabeça pela quantidade de comida que ativam ali e que lhe faziam um mal gigantesco. Em homenagem ao Urso, decidiram que seria feita uma obra para recordar o amado animal por algum artista conhecido e renomado das redondezas. Chamaram a ele, Michael Huisman, claro. Quem melhor que um artista com uma mente a mil por hora para fazer algo assim tão representativo.
A intenção era fazer uma homenagem ao animal. Muito bem. Então seria uma homenagem a todos os animais, todos que tiveram um fim triste nesse nosso planeta, certo? Pensou.
A cada 20 minutos um animal é extinto na Terra.
Então, Huisman montou um grande cercado com esculturas de todos os animais que se encontram hoje em extinção. Ao lado de cada um deles foi colocado uma explicação sobre o motivo e a maneira pela qual estes animais deixaram de fazer parte do nosso mundo.
O urso? A monumento também tinha que estar ali, mas com alguma diferença.
Foi então que esse artista de lindos olhos azuis resolveu colocar uma escultura de urso feito em bronze sentado num banco de praça, como se fosse um homem em uma posição um pouco cabisbaixo. Além da maneira que estava sentado, suas mãos e antebraços também eram humanos, feitas através de um molde da própria mão do Huisman.
Um homem fantasiado de urso. Ou melhor, um urso fantasiado de homem.
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