Mais um ano de Miami Art Basel. Para comemorar, a matéria que fiz no ano passado sobre a feira para a Revista Poder. Boa leitura!
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
A Fulô da Pele
Texto maravilhoso escrito por Marcello Dantas para a revista S/N deste mês, vale a pena
Toda flor tem uma essência, um odor, algo de invisivel que define sua sublime personalidade. Algumas flores são exibicionistas e exalam intensamente outras discretas só revelam sua essência aos mais próximos. Os odores são os fatores mais determinantes para entender a atração química entre duas pessoas. O odor pode ser o combustível da paixão ou do abismo da incompreensão. Esses odores que unem e separam
as pessoas vêm de uma flor especialíssima, a flor da pele.
O maior órgão do ser humano, a pele é o território de fronteira e de contato com o outro, nos define a raça, a origem, a nossa idade e os cuidados que temos conosco. A pele é a pétala, o órgão que recebe e transmite, pois ele recebe o toque e transmite ao corpo as sensações de prazer ou medo, ela reage ao frio e ao calor. O Cheiro da pele do bebê. Reconhecer o cheiro de alguém, memória poderosa e pulsante. Ser
reconhecido pelo animal através do cheiro que emana da pele, exalar medo e desejo por ela. A pele é também hoje acima de tudo um território de enormes contenciosos entre os hábitos modernos e nossa
matriz genética.
A Luz é o componente básico da qual toda vida origina, evolui e é energizada. Luz e saúde são inseparáveis. Anos de cataqueses cosméticas, fizeram que o ser humano colocasse um filtro entre a epiderme e o sol. Os notórios filtros solares. Hoje onipresentes, desde os insulfilmes dos automóveis aos cremes hidrantes. A idéia
generalizada de que o sol nos envelhece a pele, fez com que nosso comportamento diante dele se tornasse tímido, protegido, temeroso. Esse comportamento foi aos poucos se disseminando até que a alguns
anos, médicos de boa parte do mundo se deram conta que o mundo vivia uma crise abstêmica de vitamina D. Vitamina notória, importante para um monte de coisas que vâo da pele aos óssos, da depressão a visão, da regulação hormonal ao metabolismo, sua deficiência pode estar relacionada com o câncer e o autismo. Vitamina que não é vitamina, mas é na verdade um hormônio. Vitamina D que é de fato a essência, o
odor, e a síntese da nossa pele. Vitamina D é produzida pela exposição da pele ao sol, e a quanto mais intenso ao meio do dia melhor e sem protetores solares, filtros ou roupas. De repente o mundo
acordou para o fato de que haviamos não só nos distanciado da natureza mas como da luz do Sol. Nossa flor da pele ficou no escuro e várias condições nasceram dessa carência.
Sem sol para produzir a Vitamina D, a única solução é tomá-la por via oral. Vitamina D não está em concentração em nenhum alimento, portanto só nos restam as capsulas. Alguns países têm isso
comodiretriz de estado, como a Finlândia que passa metade do ano praticamente as escuras. Estive lá ano passado e me surpreendi com a venda disseminada de Vitamina D, até em chicletes para crianças.
Outros cronicamente míopes para as questões de saúde, como o Ministério da Saúde do Brasil, que libera qualquer droga em teste antes dos outros países mas, não autoriza a venda da Vitamina D em
separado no Brasil por considerar que o Brasil é um país solar e que não precisa de suplementos de Vitamina D. Médicos entendem pouco disso e por isso surgiram iniciativas como o Vitamin D Council
(www.vitaminDcouncil.org) para reunir conhecimento sobre esse fenômeno e suas consequências mais mundanas.
A pele que nos delimita é a mesma que nos sustenta de pé. Pele e óssos têm uma intrínsica relação, um é contenedor e outro é contido. Um cola e outro junta. o que liga essas duas coisas é o amor entre
cálcio e vitamina D. As ligas de que somos feitos. Quando vemos alguém bronzeado de sol e temos a impressão de que esta é uma pessoa saudável, não estamos aferindo saúde, mas vitamina D, quando vemos
alguém pálido, e achamos este meio cabisbaixo é a ausência dela. Eu adoro imaginar como o sol pode definir quem somos. Pense na endívia, longílinea, minimalista, discreta e agora pense na chicória, exibicionista, latente, pujante. Elas são a mesma pessoa. Apenas que a endívia é a chicória sem sol, criada no escuro, protegida, tímida.
Não estamos mais falando de uma questão de localização em relação ao espectro do Sol no planeta. Estamos hoje lidando com um fenômeno cultural de proteção do corpo aos raios ultravioletas, que
independende da nossa localização. Toda formulação estética da moda, da cosmética e do estilo pautaram uma vida desprovida de Sol, encamisada, de chapéu e de guarda sol. Ou pelo menos com o sol
filtrado que inibe a Vitamina D. Isso pode em algum tempo determinar uma epidemia de carência de vitamina D tão intensa quanto a de obesidade que hoje aflige a uma parcela significativa do mundo. Não
penso nisso num tom de alarme, mas num ponto de reflexão sobre o papel simbólico da Pele como uma espécie de antena para a vida. E sua expressão mais singela, a flor, frágil, essencial, sublime que só
brota diante do poder magnânimo do Sol. E lembrar que o amor, o sorriso e a flor são fênomenos da pele.
Toda flor tem uma essência, um odor, algo de invisivel que define sua sublime personalidade. Algumas flores são exibicionistas e exalam intensamente outras discretas só revelam sua essência aos mais próximos. Os odores são os fatores mais determinantes para entender a atração química entre duas pessoas. O odor pode ser o combustível da paixão ou do abismo da incompreensão. Esses odores que unem e separam
as pessoas vêm de uma flor especialíssima, a flor da pele.
O maior órgão do ser humano, a pele é o território de fronteira e de contato com o outro, nos define a raça, a origem, a nossa idade e os cuidados que temos conosco. A pele é a pétala, o órgão que recebe e transmite, pois ele recebe o toque e transmite ao corpo as sensações de prazer ou medo, ela reage ao frio e ao calor. O Cheiro da pele do bebê. Reconhecer o cheiro de alguém, memória poderosa e pulsante. Ser
reconhecido pelo animal através do cheiro que emana da pele, exalar medo e desejo por ela. A pele é também hoje acima de tudo um território de enormes contenciosos entre os hábitos modernos e nossa
matriz genética.
A Luz é o componente básico da qual toda vida origina, evolui e é energizada. Luz e saúde são inseparáveis. Anos de cataqueses cosméticas, fizeram que o ser humano colocasse um filtro entre a epiderme e o sol. Os notórios filtros solares. Hoje onipresentes, desde os insulfilmes dos automóveis aos cremes hidrantes. A idéia
generalizada de que o sol nos envelhece a pele, fez com que nosso comportamento diante dele se tornasse tímido, protegido, temeroso. Esse comportamento foi aos poucos se disseminando até que a alguns
anos, médicos de boa parte do mundo se deram conta que o mundo vivia uma crise abstêmica de vitamina D. Vitamina notória, importante para um monte de coisas que vâo da pele aos óssos, da depressão a visão, da regulação hormonal ao metabolismo, sua deficiência pode estar relacionada com o câncer e o autismo. Vitamina que não é vitamina, mas é na verdade um hormônio. Vitamina D que é de fato a essência, o
odor, e a síntese da nossa pele. Vitamina D é produzida pela exposição da pele ao sol, e a quanto mais intenso ao meio do dia melhor e sem protetores solares, filtros ou roupas. De repente o mundo
acordou para o fato de que haviamos não só nos distanciado da natureza mas como da luz do Sol. Nossa flor da pele ficou no escuro e várias condições nasceram dessa carência.
Sem sol para produzir a Vitamina D, a única solução é tomá-la por via oral. Vitamina D não está em concentração em nenhum alimento, portanto só nos restam as capsulas. Alguns países têm isso
comodiretriz de estado, como a Finlândia que passa metade do ano praticamente as escuras. Estive lá ano passado e me surpreendi com a venda disseminada de Vitamina D, até em chicletes para crianças.
Outros cronicamente míopes para as questões de saúde, como o Ministério da Saúde do Brasil, que libera qualquer droga em teste antes dos outros países mas, não autoriza a venda da Vitamina D em
separado no Brasil por considerar que o Brasil é um país solar e que não precisa de suplementos de Vitamina D. Médicos entendem pouco disso e por isso surgiram iniciativas como o Vitamin D Council
(www.vitaminDcouncil.org) para reunir conhecimento sobre esse fenômeno e suas consequências mais mundanas.
A pele que nos delimita é a mesma que nos sustenta de pé. Pele e óssos têm uma intrínsica relação, um é contenedor e outro é contido. Um cola e outro junta. o que liga essas duas coisas é o amor entre
cálcio e vitamina D. As ligas de que somos feitos. Quando vemos alguém bronzeado de sol e temos a impressão de que esta é uma pessoa saudável, não estamos aferindo saúde, mas vitamina D, quando vemos
alguém pálido, e achamos este meio cabisbaixo é a ausência dela. Eu adoro imaginar como o sol pode definir quem somos. Pense na endívia, longílinea, minimalista, discreta e agora pense na chicória, exibicionista, latente, pujante. Elas são a mesma pessoa. Apenas que a endívia é a chicória sem sol, criada no escuro, protegida, tímida.
Não estamos mais falando de uma questão de localização em relação ao espectro do Sol no planeta. Estamos hoje lidando com um fenômeno cultural de proteção do corpo aos raios ultravioletas, que
independende da nossa localização. Toda formulação estética da moda, da cosmética e do estilo pautaram uma vida desprovida de Sol, encamisada, de chapéu e de guarda sol. Ou pelo menos com o sol
filtrado que inibe a Vitamina D. Isso pode em algum tempo determinar uma epidemia de carência de vitamina D tão intensa quanto a de obesidade que hoje aflige a uma parcela significativa do mundo. Não
penso nisso num tom de alarme, mas num ponto de reflexão sobre o papel simbólico da Pele como uma espécie de antena para a vida. E sua expressão mais singela, a flor, frágil, essencial, sublime que só
brota diante do poder magnânimo do Sol. E lembrar que o amor, o sorriso e a flor são fênomenos da pele.
sábado, 27 de novembro de 2010
flores comestíveis
Quando era pequena, lembro-me do jardim da casa dos meus pais, onde eu brincava e conversava um tanto com as plantinhas. As flores, para as quais eu contava todos os meus segredos, viravam presas fáceis. Depois do desabafo, eu acabava por comê-las. Sentia que as amava tanto que precisavam fazer parte de mim (vai entender). Desde então, desenvolvi um gosto especial pelas flores. Brócolis, couve-flor, alcachofras, até pistilo de orquídea. Selecionei quatro que fazem parte do meu cardápio predileto. Quem ainda não provou, vale a pena usá-las nas próximas receitas. Bom apetite!
(Cucurbita pepo)
Origem: sul do México
Características: flor grande e amarela muito delicada.
Cultivada inicialmente pelos nativos da América e levada pelos conquistadores à Europa. É muito popular na América e no Sul da Europa.
Uso culinário: pode ser ingerida crua ou frita com uma massa igual à da panqueca salgada ou recheada.
Uso terapêutico: Ajuda no combate a doenças dos rins e da bexiga.
Amor-perfeito
(Viola wittrochiana)
Origem: europa Central.
Características: flor de várias cores e formas.
Na Idade Média espalhou-se por várias regiões da Europa e mais tarde foi levado a outros continentes.
Uso culinário: tem aroma leve e são deliciosas em saladas ou como decoração em pratos mais elaborados. Também pode servir como chá
Uso terapêutico: muito bom contra irritações da pele.
Capuchinha
(Tropaeolum majus)
Origem : nordeste da América do Sul.
Características : planta trepadeira com folhas redondas e flores que variam de amarelo e laranja para vermelho.
Uso culinário: flor comestível com sabor picante, usada para decorar saladas e pratos.
Uso terapêutico: ajuda no combate a doenças dos rins e da bexiga.
Camomila
(Camomila officinalis)
Origem: Europa
Características: planta rasteira, com flores pequenas, com centro amarelo e pétalas brancas. Também é conhecida como "malmequer".
Nativa dos campos abertos, é conhecida há mais de mil anos.
Uso culinário: além de serem consumidas cruas, servem para fazer chás.
Uso terapêutico: antiparasitária e anti-séptica, com uso interna e externo. Reduz a maioria das perturbações digestivas. Atua como antiinflamatório, especialmente em doenças de pele.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
encontro
Bate-papo bom... Chris Francini e Paula Martins, consultoras de moda e minhas companheiras na campanha da Corello, fizeram uma palestra bem bacana sobre tendências da moda para o verão 2011 na Casa Glamurama esta semana!
sapatilhas coloridas e cintinhos finos: duas tendências que vão ficar para o verão
clogs: eles não saem de moda! ainda mais se estiverem com um "quê" de rock'n roll
Sandálias vasadas: corte a laser faz toda a diferença. O charme da pele que aparece entre as tramas
achei essa bolsa uma graça: toda cortadinha, parecem escamas! deatalhe do fecho vermelho
A turma "quase" toda reunida! Duda Maia, Paula Martins, Maria Rudge, Carla Silvarolli, Eu, Lalá Rudge, Mariah Bernardes, Constanze Zahn e Chris Francini
domingo, 21 de novembro de 2010
pequenos da floresta
eles poderiam passar despercebidos, mas são a grande magia da Amazônia. Pequenos seres que vivem na floresta e que não deixaram de saltar aos meus olhos!
antes da linda borboleta, vem a metamorfose
pequena formiga caminhando tranquilamente pelo tronco de uma árvore
e se equilibrando em cima de uma folha
quase camuflado nas folhagens verdes, como as suas
hora de pular de flor em flor
a tarântula que cruzou comigo em uma das trilhas
larvinha que mora dentro deste pequeno coco
na terra úmida, um sapinho simpático
rest energy
A primeira vez que vi esta obra da artista sérvia Marina Abramovic foi na Bienal de Veneza. Me lembro de estar com o Jeff, um amigo fã dela há tempos, e me deparar com o vídeo desta peça, chamada 'rest energy'. A gravação tinha algo entre 5 minutos, e nela, Ulay aparece segurando o arco e flecha em direção ao coração de Marina. Ao fundo, se podia ouvir o batimento cardíaco de ambos. Estes batimentos aceleravam conforme o balançar dos corpos em equilíbrio. Lembro-me de dizer: "ele vai matá-la!" e o Jeff completar: "não, Carol, eles estão se apaixonando". Acho maravilhoso o leque de interpretações que algumas obras de arte despertam nas pessoas. Durante a semana passada, onde estive durante muitas horas ao lado de Marina Abramovic por conta de sua exposição que acaba de inaugurar na Luciana Brito Galeria, tive a oportunidade de ouví-la contar que 'rest energy' se trata do equilibrio que precisa haver dentro de um relacionamento. Sim, quando estamos realmente entregues a uma pessoa, a flecha está inevitavelmente apontada ao nosso lado esquerdo do peito. Mas o equilibrio do relacionamento faz com que a flecha apenas aponte, mas não seja disparada. Quando a união perde este balanço, a flecha fere um dos dois lados.
Desde então, e mesmo depois de conhecer tantas obras que me encantaram deste grande nome da performance, esta não deixou de ser a minha predileta.
Dedico esta peça a todos aqueles que amam e que acreditam no equilibrio. Esta é, na minha opinião, uma das chaves do amor que nos traz a real felicidade e uma grande paz de espírito.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
Meus tempos de bailarina não me deixam esquecer a grandiosidade de certos mestres da dança.
Este post é uma homenagem ao grande Barishnikov, que se apresentou em alguns estados brasileiros no mês de outubro/novembro, relembrando os bons tempos. Sua dança foi intercalada com imagens de algumas de suas mais emblemáticas apresentações no passado, algo completamente único. Hoje, aos 62 anos, Barishnikov esbanja folego, ritmo e força. Aquela mesma força de quando em 1974 se exilou da então União Soviética. É muita história e danças para contar.
Em "Carmen"
Junto ao também talentoso passo de Makarova
sábado, 13 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Japan Nail Art
A chamada 'Nail Art' invadiu o ano de 2010. Mulheres de todos os países do mundo têm se arriscado mais neste campo da beleza e feito pequenas criações em cima de suas unhas. O Japão, precursor deste movimento, continua mostrando que as jovens de Tóquio são um verdadeiro fenômeno da Nail Art.
Esta decoração nas unhas faz parte da cultura do país, já que as mulheres tinham suas unhas feitas apenas em ocasiões especiais/comemorativas, tornando este tipo de ornamento completamente justificável. Nos anos 90, a Nail Art se transformou em uma febre entre as jovens no Japão, atrelado ao movimento 'girl culture', que simboliza todo um universo criado em cima de roupas e acessórios infantis. Vejam algumas delas fotografadas na capital japonesa!
fonte: Stylesight
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