quarta-feira, 27 de agosto de 2008


Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.

Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.

Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
Déjame que me calle con el silencio tuyo.

Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.

Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.

Pablo Neruda, Poema 15

terça-feira, 26 de agosto de 2008


Hola bonica! Com estàs?

Et passo la foto que em vas demanar. Crec que és la millor no perquè estiguis més sexy o l'enquadrament sigui la ostia, ni la llum millor que en d'altres moments o vagis vestida d'una manera especial (tot i que m'agrada molt el collar) o perquè estiguis més bonica que de costum. Senzillament estàs molt natural, lliure, amb aquest somriure tan especial lleugerament més obert de la part esquerra amb les dents perfectes, els cabells deixats anar llargs i ondulats, se't veuen bé les flors i les medalles... m'agrada perquè és molt tu.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Alcúdia


Ai maresia.
Entra em mim e me desconfigura. Como um computador que simplesmente se deixa escurecer e entra na inquieta tela negra.

Entro pouco a pouco na imensidão transparente que me rodeia. Em cada passo vejo milhares de pequenos peixes, uns fogem outros brincam entre meus pes. A areia fina envolve meus dedos e me convida a mais um passo.

Caminho.Pensamentos vem e vão. E quando olho para trás já estou longe o suficiente para sentirme liberta de todos os olhares, que, com o sem malicia, me analisam.

O sol se põe e poucos estão banhando-se nas aguas rasas de Alcúdia.
- Eu só queria estar aqui para sempre. E é tudo que posso pensar neste momento.

Choro. Choro de alegria e cada lagrima me escorre pelo rosto sem vergonha, e eu, finamente, me sinto no direito de ser quem sou. Lastima que a vida não seja sempre assim. Feliz sou eu de poder, por um momento, renunciar a todas as conveniências mundanas e deixar cada lagrima doce cair delicadamente sobre o sal que me cobre.

Caminho mais um pouco, e mesmo já estando a muitos metros da costa as aguas não me cobrem os joelhos. Perfeito. Era o que eu queria.

Canto. Canto algo que não se entende, mas aquele som me faz bem, me faz rir e dançar com meus braços pelo ar.
E em um momento eles param. Abertos. As palmas da minha mão se alongam e permaneço assim por eternos minutos... Tudo é azul em todas as direções que vejo.

E o momento chega cedo. E de repente me deixo cair como em um desmaio em que o corpo não se aguenta e devanesse. Desmorono sobre o abraço azul cálido. Caio devagar, como se perdesse o equilibro e me deitasse num cama macia.

Os peixes se assustam, mas em poucos minutos voltam a rodear todo o meu corpo com curiosidade.

deixo que a agua salgada me leve a superfície. Fecho os olhos e escuto o barulho genuíno de toda a vida que esta a minha volta.

E tudo que me rodeia é Deus, que entra pelos meus poros e me dá a certeza que é por isso que a vida vale a pena.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Tritrez


Tritrez me chama.
Parece um canto de sereia. Inocente, brincalhão, mas me atrai com uma hipnose profunda, magnetica, e sem pretenções.
Por dentro eu grito. E que? Nem eu mesmo posso me escutar.
Sonhos, que eu nego, floram dentro de mim. Nego e nego outra vez, mas na escuridão do quarto eu imagino cada momento deles.

Tritrez me chama
Ele me olha sincero e pega a minha mão. Ela esta molhada das lagrimas da noite passada. Por que eu choro? Pq as lagrimas lavam a alma. E elas vem, como um carinho no cabelo, como um toque no rosto e um beijo que cala.

Tritrez me chama
Eu me jogo no chão, finjo que não, mas caio. Caio num abismo sem fim e me rendo por alguns momentos ao colorido que parece ser tudo. Se pode ser feliz para sempre?

Tritrez me chama
Me chama
Chama
....
...
.
Até que o pescador acorda de um sonho profundo. Pega seu barco e vai pescar em outras aguas, onde eu não posso nadar